O Conselho de Administração aprova as principais políticas e a orientação de risco dos CTT, definindo o perfil e os objetivos relacionados com a assunção de riscos e criando sistemas para o seu controlo. Todos os anos avalia a eficácia do sistema de gestão do risco, para garantir que os riscos que se tomam estão de acordo com os objetivos definidos.
Risco nos CTT
Os riscos que decorrem da atividade dos CTT e das suas subsidiárias são geridos de acordo com a forma descrita no Regulamento do Sistema de Gestão do Risco aprovado pelo Conselho de Administração. Este documento define normas, princípios e procedimentos orientadores da gestão do risco. Além disso, define funções, responsabilidades e um modelo de governo, assegurando a implementação de uma framework de apoio ao processo de decisão que tenha em conta os riscos a que os CTT estão expostos.
Risco no Banco CTT
O Banco CTT tem um sistema de gestão de riscos autónomo. É suportado num conjunto de conceitos, princípios, regras e num modelo organizacional ajustado às especificidades da sua atividade e ao seu enquadramento regulamentar. No entanto, existe um modelo de articulação entre as áreas responsáveis pela gestão do risco dos CTT e do Banco CTT, para garantir o alinhamento dos principais riscos interdependentes.
Perfil de Risco
O Perfil de Risco é o output principal do processo de avaliação do risco. Traduz a visão, num dado momento, sobre os eventos que, se ocorrerem, podem afetar negativamente a capacidade de atingirmos os nossos objetivos estratégicos, comprometendo a nossa sustentabilidade. Por isso, é fundamental rever e atualizar continuamente o nosso Perfil de Risco. Esse processo é dinâmico e constituído por quatro fases sequenciais e inter-relacionadas. É alimentado pelos seguintes inputs:
- identificação
- avaliação
- mitigação
- monitorização e reporte
Os riscos são identificados e avaliados de acordo com as diretrizes do Regulamento do Sistema de Gestão do Risco, seguindo critérios qualitativos e quantitativos, para apurar:
- a probabilidade de ocorrência
- o impacto e velocidade de materialização do efeito.
O nível de exposição a um risco resulta da combinação da sua probabilidade e do seu impacto. Quando o nível de exposição a um risco não é aceitável, são implementadas ações – corretivas ou de mitigação – para diminuir a probabilidade ou o impacto e, desta forma, reduzir o nível de exposição.
Temos um Código de Ética CTT e temos uma Comissão de Ética, que garante o acompanhamento e o respeito pelas normas desse código e procura diminuir os riscos de incumprimento. Esta comissão funciona de forma independente e imparcial.
Suborno e corrupção
Aplicamos procedimentos para identificar pessoas envolvidas em suborno e corrupção, para que sejam responsabilizadas. Averiguamos denúncias e reclamações e analisamos comportamentos que possam ser de corrupção.
Neste sentido, auditámos:
- 138 Lojas CTT – ou seja, 24% das nossas lojas
- 79 Postos de Correios – ou seja, 21% dos nossos postos
- 63 centros de distribuição – ou seja, 28% dos nossos centros
No desenvolvimento de ações de investigação, decorreram 25 investigações por “Apropriação, utilização temporária de bens ou numerário dos CTT ou clientes”. Por “Furto/violação de objetos postais”, foram investigadas 4 ações.
Banco CTT
Todas as operações do Banco CTT são submetidas a avaliação de risco. Os clientes e as transações são analisadas, para avaliar o risco de o banco estar a ser usado para branqueamento de capitais ou financiamento ao terrorismo (em que se inclui o crime de corrupção).
Também as relações relevantes com contrapartes financeiras e não
financeiras são sujeitas a um processo de due diligence, que visa evitar a realização de negócio com entidades que apresentem riscos de branqueamento de capitais ou possam representar riscos reputacionais, por estarem envolvidas em crimes financeiros ou associados a práticas de corrupção.
O Banco CTT tem uma política de Prevenção do Branqueamento de Capitais e Financiamento ao Terrorismo e um conjunto de processos e procedimentos que visam assegurar os requisitos legais e mitigar os riscos da utilização do banco para esses fins. Anualmente uma equipa de auditores externos faz a avaliação dos processos e procedimentos e realiza testes de efetividade. Não se identificaram riscos significativos relacionados com corrupção nas avaliações efetuadas.